Esse fim de semana resolvemos retomar as nossas idas à Igreja com regularidade. Nos últimos tempos, até pelo fato de eu estar com uma rouquidão terrível que me impede de cantar a quase dois anos, temos falhado com esse compromisso de fim de semana. João foi quem sentiu mais esse afastamento, pois aquela uma hora e meia rezando com outras pessoas, em comunhão (comum + união) com as mesmas, tem um poder imensurável de cura, de reflexão, de renovação das nossas vidas.
Além do mais, é imporante dedicar um pouco de tempo apenas a Deus. Muitos dizem, "não preciso ir a Igreja pra estar com Deus". Lógico que não. A frase está corretíssma, no seu sentido literal. Deus está conosco em todos os momentos, é claro. Porém, na minha concepção, quando estamos na missa, ou no culto, desde que de coração aberto, estamos ali por Ele, e apenas para Ele. Para louvarmos o Seu santo nome, como quem comemora a vida de alguém muito importante. Por exemplo, não precisamos fazer uma festa de aniversário pra dizermos que amamos nossos filhotes, claro que não. O amor é cultivado no dia a dia. Mas se compramos um bolo e chamamos seus amiguinhos nesse dia especial, estamos lhes rendendo uma homenagem, que jamais será esquecida.
Desde pequeno, Joãozinho demonstrou interesse por todo aquele ritual, entrada, cânticos, ofertório, comunhão... Mesmo sem entender grande coisa, ele fixava os olhinhos no que estava acontecendo, e, de alguma forma, percebia que era algo muito bonito, e muito importante.
Agora, um pouco maior, ele está demonstrando ainda mais fascinação por tudo aquilo. Chega a colocar a mãozinha na boca, fazendo-se de impressionado, quando algo diferente acontece.
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Desde pequenino!
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Mas, nesse sábado, ele se superou. Na hora do ofertório, João o colocou para participar, levando uma das cestinhas das ofertas, junto com outras crianças. Ele atravessou solenemente toda o meio da Igreja, segurando aquela caixinha como quem segura um tesouro. Claro que sempre olhava pra trás, e chegou a dizer Papai, vem... Mas não desistiu de sua missão.
E ali ficou recebendo as ofertinhas do Senhor até o fim. Até quis ensaiar o furto de uma notinha, sem ter noção do que aquilo significava, já que eu nunca apresentei dinheiro a ele, rsrsrs, ma a tia que auxiliava pediu que ele não mexesse, e ele obedeceu.
Depois, era hora do Pai Nosso. Lá na Igreja Frei Paulo costuma chamar as crianças pra rezar de mãos dadas no Altar, e eu ainda não tinha tido coragem de levá-lo. Mas, depois do sucesso do ofertório, arrisquei. E ali ele ficou, de mãozinha dadas com outros amiguinhos, sempre dando uma espiada para trás para conferir se eu estava por perto, claro... Rezou, e depois voltou para o seu lugar.
Nossa. Foi tão gostoso esse momento. Como me senti aliviada, aliviada de um peso que eu não sei definir qual. Saí de lá mais leve, mais confiante de que tudo vai dar certo. E já está dando.